Bárions são partículas subatômicas da família dos hádrons, compostas de três quarks, e junto com os prótons e nêutrons, respondem por 99% da massa de todos os átomos, ou seja, da matéria normal do universo. É um fato estabelecido na ciência que a razão de massa entre bárions e matéria escura é de 15 a 20%. Em aglomerados de galáxias, os bárions observados estão perto desta predição, mas se olharmos só para as galáxias, ficam faltando bárions.
Por exemplo, se fizermos um inventário dos bárions em torno da Via Láctea, encontraremos, na melhor das hipóteses, só um quarto dos bárions preditos. Mais ainda, a geração de novas estrelas na galáxia pede por um aumento na massa de 1 a 2 massas solares por ano, muito mais do que pode ser visto diretamente.
Todas estas observações juntas sugerem que a maior parte dos bárions dentro e em torno das galáxias ainda está para ser observada. A compreensão e quantificação dos bárions faltantes é essencial para compreender a formação e evolução das galáxias, mas onde estão eles?
Alguns estudos recentes apontam a detecção de enormes halos de gás superquentes em torno das galáxias. A Via Láctea, por exemplo, tem um halo que deve ter a mesma massa que a própria Via Láctea. Talvez os bárions faltantes estejam nestes halos, como sugerem os estudos, mas mesmo assim ainda ficam faltando alguns.
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