quarta-feira, 30 de abril de 2014

Catástrofe Chegando?

No dia 22, foram encontrados 105 peixes da espécie ” Photonectes ” que vivem normalmente em profundidades maiores de 1000 metros, somente um deles estava vivo, nas redes de um barco de pesca que estava em alto mar próximo a costa da província de Kochi. Um dia antes, 9 peixes da mesma espécie foram encontrados, e um especialista oceanógrafo disse à agência de notícias Kyodo que ” alguma catástrofe está acontecendo nas profundezas do mar “. De acordo com o NPO Nihon Umigame Kyogikai que investiga o estado da vida marinha nos mares do Japão, nas redes de um barco de pesca que estava em alto mar foi encontrado uma espécie de peixe que não tem muitas informações detalhadas pelos especialistas.




As redes estavam a apenas 70 metros de profundidade. O tamanho do peixe varia de 10 cm. a 25 cm. O peixe que sobreviveu, morreu algumas horas depois. No mesmo dia, segundo relatos passados na prefeitura de Fukui , um tipo raro de baiacu “, mafugu “, foi encontrando em abundância , totalizando 46 toneladas. O número médio pescado por dia é de 200 quilos. Os pescadores estavam mais do que satisfeito, mas também estavam incomodados com a grande quantidade . “Eu sou pescador há mais de 50 anos, e eu nunca vi nada parecido com isso “, disse um morador local. “A única maneira de saber o que realmente está acontecendo é perguntar para o peixe. “





Alguns especulam que o aparecimento dos peixes raros no raso tem relação com as mudanças climáticas, alterações em correntes oceânicas, erupções vulcânicas em profundidade ou que seja até um aviso da própria natureza para alguma catástrofe que está por vir, como por exemplo, um grande terremoto e uma possível tsunami. Por enquanto, o assunto está sendo estudado pelos oceanógrafos e outras cientistas japoneses.


segunda-feira, 28 de abril de 2014

5 fatos estranhos sobre o Big Bang


Faz 50 anos que dois cientistas, que estavam trabalhando em um projeto não relacionado, descobriram a radiação cósmica de fundo, na faixa do micro-ondas.
Robert Wilson e Arno Penzias estavam tentando otimizar uma antena para captar o eco de rádio refletido por balões-satélite, e foram perturbados por um ruído que aparecia sempre, não importando para que lado a apontassem. Atualmente, sabemos que esta radiação é uma das evidências da expansão do universo, que começou cerca de 13,75 bilhões de anos atrás, com o fenômeno conhecido como “Big Bang”.

Dois pombos foram sacrificados para a descoberta acontecer

Quando Wilson e Penzias começaram a usar a antena em forma de funil, ela registrou temperaturas maiores do que o esperado. Mesmo depois de descontar a temperatura da antena e de resfriar o receptor, eles ainda recebiam o mesmo sinal de micro-ondas.
A princípio, eles acharam que talvez o ruído fosse causado pelas fezes de alguns pombos que moravam dentro da antena, e mandaram os animais embora. Não adiantou. Eles retornaram à antena e começaram a fazer um ninho lá; para evitar que continuassem, foram eliminados. Quando ficou claro que as fezes dos pombos não eram a causa da temperatura observada, Wilson e Penzias acabaram criando sua teoria de que se tratava da radiação cósmica de fundo, uma espécie de fóssil do Big Bang.

Não houve um momento ‘Eureka’

Muitos cientistas relatam aquele momento em que fazem uma grande descoberta, o “momento Eureka”, mas, segundo Wilson, eles nunca tiveram este momento. A princípio, eles nem mesmo levavam a cosmologia do Big Bang muito a sério, por que ela não havia produzido nenhum resultado sólido, mas após se encontrar com vários cientistas, eles acabaram abraçando a ideia. “Não houve um momento ‘aha’ com esta descoberta. Houve um longo período em que estávamos tentando nos aprofundar no problema”, contou Wilson no Harvard Smithsonian Center for Astrophysics. “A importância da descoberta só se tornou clara com o passar do tempo, à medida que a teoria foi desenvolvida e os receptores se tornaram melhores a ponto que qualquer um pudesse examinar a radiação de fundo e ver algo mais que uma imagem sem qualquer detalhe”.

O universo primevo poderia ser todo habitável

O universo inteiro poderia ter se tornado uma gigantesca zona habitável, segundo alguns cientistas. A certo ponto logo após a morte explosiva das primeiras estrelas, a vida poderia ter surgido no universo, que tinha uma temperatura mais confortável, de acordo o astrônomo Avi Loeb, da Universidade Harvard. Alguns planetas podem ter hospedado vida microbiana em apenas 15 milhões de anos após o Big Bang, um tempo curtíssimo em termos cosmológicos.

“Big Bang” não se refere necessariamente ao início do universo

A expressão “Big Bang” não se refere sempre ao mesmo período na história do universo. Muitos cientistas acreditam que o Big Bang é o violento início do universo e tudo nele, mas em termos mais complicados que isto, conta o físico teórico Alan Guth. Segundo Guth, “Big Bang é uma expressão um tanto vaga”. Ele acrescenta que as pessoas usam esta expressão de várias forma diferentes. “Alguns usam a expressão ‘Big Bang’ para se referir à origem do universo, seja lá qual tenha sido. Ou seja, algo que veio antes da inflação. Eu costumo pensar na inflação como a precursora do Big Bang, definindo-o como o período de enorme expansão que estudamos”.

Eventualmente não veremos outras galáxias

Como o universo parece estar expandindo em uma taxa crescente, eventualmente os observadores não vão conseguir ver outras galáxias da Terra ou de qualquer outro ponto da Via Láctea. Elas estão se afastando, e as mais distantes estão se afastando mais rapidamente que as que estão próximas. As galáxias mais distantes devem se afastar à velocidade da luz, o que significa que a luz delas não será capaz de atravessar o espaço até nós. Nenhum sinal partindo daquelas galáxias jamais irá chegar até nós.
Com o passar do tempo, todas as galáxias estarão além do horizonte visível, além da distância pode ser vista da Terra. Neste ponto, elas não poderão ser observadas pelos cientistas. Será o fim da cosmologia do Big Bang – não haverá nenhum sinal do mesmo, nem mesmo a radiação cósmica de fundo.

As implicações da descoberta do século: ondas gravitacionais do Big Bang e a existência do multiverso

Depois do anúncio, no dia 17/03/2014 , da descoberta dos sinais das ondas gravitacionais que sacudiram o espaço nos primeiros instantes do nosso Universo, o mundo da cosmologia entrou em polvorosa.
E não é para menos, a descoberta que tem sido anunciada como a descoberta do século, como a provável razão para um Prêmio Nobel, chegou para fortalecer uma hipótese, e derrubar, definitivamente, várias outras.

O que foi descoberto?

Para entender o que foi descoberto, primeiro é preciso ver o que temos hoje, e o que diz a teoria. Basicamente, o universo é bastante homogêneo, pelo menos em grandes escalas: se olharmos o grande cenário do universo, não há acúmulos de matéria e energia em grumos. Mas quando olhamos para o passado, para a radiação cósmica de fundo, o Universo não é homogêneo, mas existem grumos de matéria e energia. Como foi que isto aconteceu? Como foi que as irregularidades na distribuição da matéria e energia foram suavizadas?
A resposta é a inflação. Em 1979 o professor Alan Guth propôs que o universo passou por um período de rápida expansão. Quer dizer, rápida é pouco, foi uma expansão mais rápida que a velocidade da luz!
Em menos de um segundo (mais ou menos em 0,00000000000000000000000000000000001 segundo), o momento mais remoto na história do Big Bang, o Universo passou de minúsculo para gigantesco. Ou, como conta o astrônomo Phil Plait, o Universo ficou 10 trilhões de trilhões de trilhões de trilhões de vezes maior nesta fração de tempo, algo como 50 ordens de magnitude maior.
Depois — ainda não sabemos por que — a inflação parou, e toda energia que estava causando a mesma se transformou em matéria e radiação, e começa a história do Big Bang Quente. A radiação cósmica de fundo é produzida quando o universo tem cerca de 400 mil anos. Seguem-se 380 milhões de anos de escuridão, e então o universo fica transparente, e é então que a radiação cósmica de fundo é finalmente liberada.
A inflação resolveria o problema da homogeneidade (ou isotropia) do universo, e também da sua forma — se o universo é aberto, fechado, ou se ele é plano, no limite entre o aberto e o fechado. Além disso, outras relíquias do tempo de Planck seriam destruídas pela inflação. Também explicaria por que o universo não “caiu sobre si mesmo” logo após os primeiros instantes, pressionado pela própria gravidade.
Mas como provar que aconteceu a inflação? O professor Andrei Dmitriyevich Linde, co-autor da hipótese da inflação, chegou à conclusão que a inflação seria acompanhada de ondas gravitacionais primordiais, que por sua vez deixariam marcas na polarização dos fótons da radiação cósmica de fundo.
A marca desta polarização apareceria no que é chamado de B mode. Outros fenômenos, como as lentes gravitacionais, também alteram a polarização, mas no chamado E mode.

Entra em cena o BICEP2

Durante dois anos, entre 2010 e 2012, uma equipe multinacional, liderada por cientistas americanos, fizeram uso de um laboratório astronômico na Antártida, o BICEP2, ou Background Imaging of Cosmic Extragalactic Polarization 2 (algo como “imagem de fundo da polarização cósmica extragaláctica”).
O que a equipe fez durante este tempo foram imagens da polarização da radiação cósmica de fundo, em busca de uma marca, um sinal deixado nestes fótons pela inflação, tudo de acordo com a hipótese da inflação.
Basicamente, a polarização da luz vem de um jeito quando ela é emitida, mas se ela passar por ondas gravitacionais, que comprimem e esticam o espaço, esta polarização seria alterada em um jeito específico, chamado polarização B mode.
Encontrando os sinais da polarização do tipo B mode, os cientistas também encontrariam o sinal certo, exato, inequívoco de que houve uma inflação, por que a presença de ondas gravitacionais só é prevista pelos modelos cosmológicos que incorporam a inflação. Até então a inflação era uma hipótese boa, explicava muita coisa, mas não tinha evidências indiretas.
Mas não bastava encontrar a polarização. Depois de encontrar o sinal, os cientistas tinham que eliminar outras explicações para esta polarização. Eles tinham que demonstrar que não se tratava do resultado da interação com poeira interestelar, ou o efeito de lentes gravitacionais, entre outras causas possíveis de polarização B mode.

Multiverso e inflação

Uma das consequências da hipótese da inflação são os multiversos. À medida que o universo expande em velocidade cada vez maior, pedaços dele vão se afastando e ficam tão distantes umas das outras que perdem qualquer contato umas com as outras.
Neste ponto, estes pedaços são universos à parte, tudo que acontece dentro dele é resultado da matéria e energia isolados nele. Não há mais troca de matéria ou energia com outros universos-ilha.
Confirmada a descoberta do BICEP2, a implicação dos multiversos se torna bastante forte. Mas como saber se temos múltiplos universos boiando por aí? Ninguém sabe, mas a partir da confirmação do modelo inflacionário, um dos caminhos para a pesquisa teórica é justamente estudar e entender como funciona o multiverso.
Talvez em vinte anos tenhamos mais um anúncio digno de outro Nobel, desta vez das primeiras evidências dos multiversos.

Gravidade quântica e grávitons

Outra consequência da confirmação da hipótese inflacionária é que o modelo quântico da gravidade é indiretamente confirmado. Se a gravidade for sujeita à mecânica quântica, então o modelo inflacionário previa que seriam produzidas flutuações quânticas na gravidade, que se manifestariam como ondas gravitacionais.
Assim como os fótons são a flutuação quântica do campo eletromagnético, os grávitons são a flutuação quântica do campo escalar gravitacional.
Entre outros efeitos, a descoberta aumenta a esperança de unificar a teoria da relatividade, base da hipótese inflacionária, com a mecânica quântica, que explica as ondas gravitacionais.

Modelo refutado

Confirmando-se a inflação, alguns modelos que também tentam explicar a homogeneidade do Universo, a partir de um Big Bang, tem que ser abandonados. Entre os modelos que serão abandonados está o modelo de Neil Turok, que fala que o universo passou por uma série de Big Crunch seguidos de Big Bangs (Big Bounce), o chamado modelo do universo cíclico.
O motivo é simples, conforme aponta o professor Stephen Hawking, “a teoria do universo cíclico prevê que não haveriam ondas gravitacionais no universo primordial”. Ele até fez uma aposta com Turok, de que as ondas gravitacionais no universo primordial existiam, e agora vai pegar o prêmio.
Por enquanto o professor Turok não admite a derrota, e pede por mais confirmações, que provavelmente ocorrerão em outubro, quando o satélite Planck irá publicar seus próprios dados sobre a polarização da radiação cósmica de fundo.


sábado, 26 de abril de 2014

8 perguntas que ainda não conseguimos responder sobre a Terra

Quando o primeiro Dia da Terra foi realizado, em 1970, os geólogos ainda estavam dando os últimos retoques em suas teorias sobre placas tectônicas, o modelo que explica como a superfície da Terra se formou. Mais de 40 anos depois, muitos enigmas ainda permanecem quando se trata do nosso planeta. Aqui estão algumas das perguntas para as quais ainda não temos resposta: 

8. Porque todos nós somos molhados?

Os cientistas acreditam que a Terra era uma rocha seca depois que se fundiu, 4,5 bilhões de anos atrás. Então, de onde é que este produto químico essencial, o H2O, vem? Talvez um sistema de entrega interestelar, na forma de impactos enormes, cerca de 4 bilhões de anos atrás seja o responsável. 
Atacada por asteroides de gelo, a Terra poderia ter reabastecido seus reservatórios de água durante o período conhecido como Intenso Bombardeio Tardio. Ainda assim, os primórdios da água da Terra estão envoltos em mistério, porque há pouca evidência deste período. 

7. O que acontece no núcleo?

Material de lendas e mitos, o núcleo da Terra há muito tempo fascina escritores, bem como cientistas. Por um tempo, a composição do núcleo inacessível da Terra era um mistério resolvido… pelo menos na década de 1940. Usando meteoritos como modelos, os cientistas aferiram o equilíbrio original dos minerais essenciais do planeta e notaram o que estavam faltando.
O ferro e o níquel ausentes na crosta da Terra devem estar no núcleo, supuseram. Contudo, medições de gravidade na década de 1950 revelaram que essas estimativas estavam incorretas. O núcleo é muito leve.
Atualmente, os pesquisadores continuam a sugerir quais os elementos responsáveis pelo déficit densidade debaixo dos nossos pés. Eles também estão constantemente intrigados com as reversões periódicas no campo magnético da Terra, que são geradas pelo fluxo de ferro líquido do núcleo externo. 

6. Como a lua chegou aqui?

Será que uma colisão titânica entre a Terra e um protoplaneta do tamanho de Marte formou a lua? Não há um consenso universal sobre essa hipótese do grande impacto, porque alguns detalhes não batem. Por exemplo, a composição química dos dois corpos rochosos é tão parecida que ela sugere que a lua nasceu a partir da Terra, e não de um corpo separado.
Outros modelos sugerem que a jovem Terra, girando muito rápido, poderia ter arremessado suficiente rocha derretida durante o impacto para formar uma lua quimicamente semelhante. 

5. De onde é que a vida veio?

A vida foi fabricada na Terra ou surgiu no espaço interestelar e chegou aqui em meteoritos? Os componentes de vida mais básicos, tais como aminoácidos e vitaminas, foram encontrados em grãos de gelo dentro de asteroides e nos ambientes mais extremos da Terra.
Descobrir como essas peças se combinaram para formar a primeira vida é um dos maiores obstáculos da biologia. E vestígios fósseis diretos de primeiros habitantes da Terra – que eram, provavelmente, bactérias primitivas que se alimentavam de rochas – ainda não foram encontrados. 

4. De onde veio todo o oxigênio?

Nós devemos nossa existência a cianobactérias, criaturas microscópicas que ajudaram a transformar radicalmente a atmosfera da Terra. Elas bombearam oxigênio como resíduo e encheram os céus com esse gás essencial pela primeira vez cerca de 2,4 bilhões de anos atrás. Entretanto, rochas revelam que os níveis de oxigênio subiram e desceram como uma montanha-russa durante 3 bilhões de anos, até se estabilizarem em torno do Período Cambriano, aproximadamente 541 milhões de anos atrás.
Então, só as bactérias influenciaram no ar ou houve outro fator que contribuiu? Compreender a mudança para uma terra rica em oxigênio é um fator-chave para a decodificação da história da vida em nosso planeta. 

3. O que causou a explosão cambriana?

O surgimento da vida complexa no Período Cambriano, após 4 bilhões de anos de história da Terra, marca uma virada única. De repente, havia animais com cérebros e vasos sanguíneos, olhos e corações, todos evoluindo mais rapidamente do que em qualquer outra era planetária conhecida até hoje. Um salto nos níveis de oxigênio, pouco antes desta explosão, é uma das hipóteses que já tentaram explicar o fenômeno, mas outros fatores podem exemplificar o surgimento misterioso dos animais, como a corrida entre predadores e presas. 

2. Quando as placas tectônicas começaram?

Placas finas de crosta endurecida batendo sobre a superfície da Terra fazem belos pores-do-sol na montanha e violentas erupções vulcânicas. No entanto, os geólogos ainda não sabem quando aconteceu o primeiro impulso, já que a maioria das evidências foi destruída.
Apenas um punhado de grãos minerais minúsculos chamados zircões sobreviveram 4,4 bilhões de anos de história. E estes materiais dizem aos cientistas que as primeiras rochas continentais já existiam. Porém, as evidências do início das placas tectônicas são controversas e os geólogos ainda se perguntam como a crosta continental se formou. 

1. Algum dia poderemos prever terremotos?

Na melhor das hipóteses, modelos estatísticos podem adiantar uma previsão da probabilidade futura de terremoto, semelhante aos peritos do tempo que alertam para a chegada de chuva. Contudo, isso não impediu as pessoas de tentarem prever quando o próximo vai acontecer – sem sucesso. Mesmo o maior dos experimentos falhou em 12 anos, no qual os geólogos previram um terremoto em Parkfield, na Califórnia, em 1994, e criaram instrumentos para capturar a vinda do tremor. O terremoto real atingiu a região em 2004.
Um dos maiores obstáculos é que os geólogos ainda não entendem por que os terremotos começam e cessam. Mas houve avanços na previsão de tremores e terremotos provocados pelo homem, como os ligados a poços de injeção de águas residuais (como nos casos em que é usado o fraturamento hidráulico, conhecido como “fracking”) . 
Fonte: HypeScience 
#EinsteinJV 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A Aspirina



A aspirina é um dos medicamentos feitos à base de ácido acetilsalicílico mais populares no mundo, funciona como anti-inflamatório, antipirético e analgésico. Sua descoberta se deu no século V a.c., quando Hipócrates observou que a casca do salgueiro possuía propriedades que aliviavam as dores e diminuíam a febre.




Além da Grécia, foram registradas menções sobre essas propriedades no Oriente Médio, na Suméria, no Egito e na Assíria. Porém, somente em 1793, um reverendo chamado Edmund Stone descreveu de forma científica os efeitos da casca do salgueiro no organismo humano.

Em 1828, o princípio ativo, chamado salicina ou ácido salicílico, foi isolado em sua forma cristalina por Henri Leroux e Raffaele Piria, um farmacêutico francês e um químico italiano, respectivamente.












Alguns anos depois, em 1897, o laboratório farmacêutico alemão Bayer uniu o ácido salicílico ao acetato, criando o ácido acetilsalicílico, bem menos tóxico que sua forma original encontrada na casca do salgueiro. Pela primeira vez na história da farmacologia, um medicamento havia sido sintetizado e não recolhido diretamente da natureza. Além de ser a primeira criação propriamente dita da indústria farmacêutica, a aspirina foi o primeiro fármaco a ser vendido em tabletes.

Curiosidade: O nome “aspirina” foi obtido da seguinte forma: A de acetil; Spir de Spiraea ulmaria (planta que fornece o ácido salicílico); e in (sufixo muito utilizado na época)

~GodoyMC

mais de sua historia : http://www.crq4.org.br/?p=texto.php&c=quimica_viva__aspirina

Machados chineses eram mais bem polidos em 4.500 a.C. que atualmente

Muitas pessoas pensam que a tecnologia moderna é muito avançada, mas segundo o Dr. Peter J. Lu, assistente de pesquisa em pós-doutorado na Universidade de Harvard, o povo chinês em 4.500 a.C. fez um melhor trabalho em criar superfícies planas e lisas do que somos capazes hoje em dia com as melhores tecnologias de polimento.






O Dr. Lu, que trabalhou com a sua equipe no estudo de quatro machados chineses descobertos em 1990, sabe bem o que está falando quando se trata de polimento. O pesquisador submeteu artefatos neolíticos a um número de testes científicos, determinado a chegar à conclusão de que os machados só poderiam ter sido feitos utilizando-se uma tecnologia avançada envolvendo diamantes.
Pertencendo às culturas Sanxingcun e Liangzhu, os quatro machados cerimoniais foram datados entre 2.500 e 4.500 a.C. Apesar de inicialmente terem acreditado que o material utilizado fosse quartzo, a equipe de Lu demonstrou que essa era uma ideia errônea.
Os machados foram submetidos a exames de ultrassom eletrônico, difração radiográfica e exames por microscópios eletrônicos. Foi determinado que 40 por cento dos machados era composto de corundum, uma rocha também conhecida como rubi quando é vermelha. O corundum é bem conhecido por ser o segundo material mais rígido no planeta. O ótimo trabalho de polimento exibidos nestes artefatos só pode ser sido alcançado através do uso do único material mais rígido que o corundum, o diamante, o qual se acreditava anteriormente ter sido utilizado pela primeira vez em 500 a.C. na Índia.
Para confirmar a hipótese, Lu pegou amostras do machado mais antigo e utilizou uma máquina moderna com diamante, albumina e sílica para poli-lo.
Para o espanto dos cientistas, o microscópio de elétrons confirmou que o polimento que mais se assemelhava aos machados antigos era aquele feito com diamante. Na verdade, o aparelho utilizado nos machados séculos antes da nossa era eram mais requintados do que o trabalho feito com modernos instrumentos de precisão.
Através do estudo desses machados cerimoniais, cientistas agora possuem um conhecimento mais sólido sobre as técnicas de polimento da antiguidade, permitindo que expliquem a abundância de objetos finamente esculpidos como o jade. No entanto, muitas questões ainda existem no que diz respeito a como os “homens das cavernas” chineses puderam fazer os melhores e mais lisos machados jamais conhecidos na história.

sábado, 19 de abril de 2014

O vazio em Eridanos


Todos devem lembrar do Hubble Deep Space Field, aquela imagem que foi obtida apontando o Hubble para uma região “vazia” do espaço, que acabou revelando milhares de galáxias distantes. Mas existe uma região na constelação de Eridanos que está realmente vazia de constelações.
A enorme região vazia se estende por cerca de um bilhão de anos-luz. Em qualquer outra região de espaço “vazio” em que olharmos, encontraremos galáxias com mais ou menos a mesma distribuição, mas o vazio de Eridanos é bizarro, porque nem mesmo matéria escura foi detectada ali.
Existem várias teorias controversas para explicar o vazio, a mais controversa é de que a região contenha um buraco negro supermassivo em torno do qual orbitam todos os aglomerados galácticos, e que estas órbitas em alta velocidade criariam uma “ilusão” de um universo em expansão. Uma contra-teoria sugere que toda matéria eventualmente se juntaria, formando aglomerados galácticos, e que este deslocamento acabaria formando vazios entre os aglomerados com o passar do tempo.
Mas estas teorias não explicam o segundo vazio encontrado no céu austral, desta vez com 3,5 bilhões de anos-luz de comprimento. Este é um vazio tão grande que é difícil explicá-lo com a teoria do Big Bang, já que o universo não seria antigo o suficiente para formar um vazio tão imenso a partir da deriva das galáxias. Talvez exista alguma coisa no meio deste vazio, afinal de contas.

links: http://ciencia.hsw.uol.com.br/buraco-no-universo.htm
http://www.epochtimes.com.br/buraco-colossal-elo-outro-universo/

quinta-feira, 17 de abril de 2014

A 15 bilhões de anos - a Origem do Universo

A teoria mais aceita sobre a origem do Universo é a do Big Bang. Há 15 bilhões de anos o Universo concentrava-se todo em um único ponto, com altíssima temperatura e densidade energética. Esse ponto explode – o instante zero – e começa a expansão do Universo, observada até hoje. As primeiras partículas, os fótons, são associadas à radiação eletromagnética. Prótons, elétrons e nêutrons formam-se nos três primeiros minutos dessa expansão, ainda vinculados à radiação. 

Origem da matéria – Ao se expandir, o Universo também se resfria. Quando atinge 4 mil graus Celsius, cerca de 300 mil anos após o instante zero, elétrons e prótons começam a interagir e formam os primeiros átomos de hidrogênio. Esses elementos químicos dão origem às galáxias e às estrelas, respectivamente 2 bilhões de anos e 4 bilhões de anos após o Big Bang. 

Radiação de fundo  – Com a separação entre matéria e radiação, os fótons têm mais espaço para se propagar, formando a chamada radiação de fundo, presente em todo o Universo até hoje. Detectada pelos astrônomos Arno Penzias e Robert Wilson, em 1965, constitui uma das indicações da validade da teoria do Big Bang. 


EVOLUÇÃO DO UNIVERSO
De acordo com a teoria da Relatividade, a evolução do Universo depende da densidade da matéria nele existente. Se essa densidade for superior a um valor crítico, pode deixar de se expandir e até se contrair devido à atração gravitacional mútua de seus constituintes. Se a densidade for inferior a um ponto crítico, o Universo continuará sempre em expansão. 

Matéria escura – No início de 1993, o satélite europeu Rosat constata a existência de 25 vezes mais matéria invisível que matéria visível na composição do Universo. A descoberta reforça a idéia de que o Universo não deverá se expandir para sempre devido à atração gravitacional decorrente de sua própria massa, mas ainda não há conclusões sobre o futuro do Universo.  

Fonte: Site de curiosidades e Ultra Downloads

#EinsteinJV 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

E se a Terra ficasse sem oxigênio por 5 segundos?

-Todos nas praias sofreriam queimaduras imediatamente.
(Moléculas de oxigênio no ar protegem nossa pele dos raios UV);

- O céu diurno ficaria escuro.
(Menos partículas para refletir a luz tornaria o céu praticamente negro);

- Qualquer objeto de metal sem tratamento poderia se soldar instantaneamente.
(A única coisa que impede essa "solda a frio" é uma camada de oxidação);

- O chão literalmente sumiria debaixo dos seus pés.
(45% da crosta terrestre é oxigênio);

- O ouvido interno de todo mundo explodiria.
(Porquê perderia cerca de 21% da pressão do ar);

- Toda construção de concreto viraria pó. 

(Oxigênio é um aglutinante essencial para o concreto);

- A água é 1/3 de oxigênio sem ele o hidrogênio se tornaria gasoso. Os oceanos evaporariam e vazariam para o espaço.

(Livre do oxigênio, o hidrogênio flutuaria até a troposfera e eventualmente para o espaço).




  Mas e se o mundo tivesse o dobro de oxigênio?


 - Ficaríamos mais felizes e mais bem dispostos;

 - O combustível renderia bem mais;

 - Os aviões de papel voariam mais longe;

 - Os insetos seriam gigantes, daria pra montar em baratas por exemplo


Tag Heuer promete telemóvel com energia eterna


 A bateria deste telemóvel é o elemento de destaque. No ecrã, existe uma película fotovoltaica que consegue gerar energia a partir de luz natural ou artificial.



 A Tag Heuer apresenta a sua novidade no campo da tecnologia, o Meridiist Infinite.


Com o Meridiist Infinite, a empresa transporta o conceito da bateria que “dura para sempre” dos relógios para os telemóveis.

A energia armazenada garante que o telemóvel consegue ficar sempre em modo stand-by. Se o utilizador levar a bateria a zero, o telemóvel, mesmo que desligado, tem capacidade para gerar bateria.

O ecrã de 2,4 polegadas tem um vidro de safira, um dos mais resistentes do mercado. Tem uma câmara fotográfica de 5MP, memória interna de 8GB e suporta dois cartões SIM.

Este telemóvel é construído com elementos de fibra de carbono e a maioria do corpo do telemóvel é construído com titânio de classe 5, com altos níveis de resistência e com um baixo peso.

Ainda que se assemelhe a um telemóvel básico, a empresa pede 7.000 euros por este telemóvel, que terá apenas 1911 unidades. Estará disponível durante o mês de julho.

terça-feira, 15 de abril de 2014

8 maneiras de desmascarar uma mentira

 Conheça sinais corporais que sugerem dissimulação e tipos de engano





Uma pessoa conta, em geral, três mentiras a cada dez minutos. É o que afirma o estudo realizado por Robert Feldman, professor de psicologia da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, e autor do livro "Quem é o mentiroso da sua vida?". A pesquisa indica que recorrer a inverdades é questão de hábito e uma forma de manter o bom convívio social.

Reconheça uma mentira

De acordo com o especialista em segurança eletrônica, poucas pessoas estão preparadas para identificar um mentiroso no dia-a-dia. É preciso treinamento e prática para melhorar a capacidade de "ler" os sinais da mentira. O profissional ensina que para reconhecer uma dissimulação da verdade é preciso entender o comportamento padrão da pessoa, prestar atenção no que ela diz, nos pequenos movimentos do rosto (micro expressões faciais), no corpo e nas variações do tom da voz.
"Nosso cérebro não aceita a negação. Quando a pessoa mente, está negando a verdade, e alguma parte da sua expressão facial ou do corpo vai denunciá-la. Aspectos como frequência do piscar de olhos, uso das sobrancelhas para dar ênfase a alguma parte da conversa, posição das mãos e das pernas, rigidez do ombro, e aspecto da testa e da boca são alguns exemplos de atitudes que podem denunciar a mentira", ensina o especialista.
Para ajudar você a identificar um mentiroso, Wanderson Castilho listou abaixo 8 dicas simples de observação. Confira:
  • 1Lábios: morder ou lamber os lábios pode ser um forte indício de mentira.
  • 2Voz: quem mente fica com as cordas vocais mais esticadas que o normal, deixando a voz mais fina e fraca. Para compensar, a pessoa tenta falar mais alto.
  • 3Olhar: o mentiroso desvia o olhar enquanto conta a sua mentira e depois passa a olhar atentamente, querendo observar se conseguiu enganar.
  • 4Secura: em função de uma reação da adrenalina, o mentiroso fica com a garganta e boca secas, sendo comum se engasgar ou engolir seco.
  • 5Encobrir parcialmente a boca: traduz uma vontade de amordaçar-se. Tende a ser um gesto rápido, porque exprime um conflito: uma parte do mentiroso não quer calar-se - e sim continuar com a sua mentira.
  • 6Tocar o nariz: em momentos de tensão a sensibilidade da mucosa nasal aumenta. Assim, ao mentir, o nariz coça, embora possa ser uma sensação tão suave que mal se perceba.
  • 7Ombro: erguer levemente um dos ombros.
  • 8Expressão facial falseada: quando somos genuínos, usamos os músculos faciais certos para expressar uma emoção. Num sorriso moderado e falso, não aparecem os pés de galinha, as bochechas não são levantadas e os olhos ficam menos apertados. Num sorriso real, mais músculos são utilizados e a pálpebra superior dobra-se um pouco sobre os olhos.
Se ainda assim não conseguiu identificar uma mentira, experimente fazer o contrário: estimule o interlocutor a falar a verdade. A dica é estabelecer proximidade na conversa. Segundo Wanderson, quanto mais próximo você estiver fisicamente, mais dificuldade a pessoa terá de mentir.

#GodoyMC
fonte_personale

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Distante Lua ou fraca estrela? Possível exolua Encontrado

Titã, Europa, Io e Phobos são apenas alguns membros do panteão do nosso sistema solar de luas. Há outras luas lá fora, orbitando planetas além do nosso sol?
Pesquisadores financiados pela NASA ter visto os primeiros sinais de uma "exolua", e embora eles dizem que é impossível confirmar a sua presença, a descoberta é um primeiro passo em direção a tentadora localizar outros. A descoberta foi feita por assistir a um encontro casual de objetos em nossa galáxia, o que pode ser testemunhado apenas uma vez.
"Nós não vamos ter a oportunidade de observar o candidato exolua novamente", disse David Bennett, da Universidade de Notre Dame, Indiana, principal autor de um novo estudo sobre os resultados aparecem no Astrophysical Journal. "Mas podemos esperar que descobertas mais inesperadas como essa." 
O estudo internacional liderado pelos conjuntos Japão-Nova Zelândia Observações Microlensing-Americanos de Astrofísica (MOA) e os programas de sondagem Lensing Anomalies Network (planeta), usando telescópios na Nova Zelândia e Tasmânia. Sua técnica, chamada microlente gravitacional, aproveita alinhamentos casuais entre as estrelas. Quando uma estrela de primeiro plano passa entre nós e uma estrela mais distante, a estrela mais próxima pode agir como uma lupa para concentrar-se e iluminar a luz da mais distante. Estes eventos iluminando costumam durar cerca de um mês. Se a estrela de primeiro plano - ou o que os astrônomos chamam de lente - tem um planeta circulando ao redor dele, o planeta irá atuar como uma segunda lente para iluminar ou obscurecer a luz ainda mais. Ao examinar cuidadosamente esses eventos iluminando, os astrônomos podem descobrir a massa da estrela em primeiro plano em relação ao seu planeta.
Em alguns casos, no entanto, o objeto em primeiro plano pode ser um planeta de livre flutuação, não uma estrela.Pesquisadores poderiam, então, ser capaz de medir a massa do planeta em relação ao seu companheiro em órbita: a lua.Enquanto os astrônomos estão procurando ativamente exoluas - por exemplo, usando dados de missão Kepler da NASA - até agora, eles não encontraram nenhuma.
No novo estudo, a natureza do objeto em primeiro plano, lente não é clara. A relação entre o corpo maior a sua companheira menor é de 2.000 a 1 Isso significa que o par pode ser um pequeno, estrela fraco circundado por um planeta cerca de 18 vezes a massa da Terra -. Ou um planeta mais massivo do que Júpiter, juntamente com um lua pesando menos do que a Terra. O problema é que os astrônomos têm nenhuma maneira de dizer qual desses dois cenários está correto.
"Uma possibilidade é que o sistema de lente para ser um planeta e sua lua, o que se for verdade, seria uma descoberta espetacular de um tipo totalmente novo de sistema", disse Wes Traub, o cientista-chefe do escritório do Programa de Exploração Exoplanet da NASA a Jato da Nasa Propulsion Laboratory, em Pasadena, na Califórnia, que não esteve envolvido no estudo. "Os modelos dos pesquisadores apontam para a solução de lua, mas se você simplesmente olhar para o que cenário é mais provável na natureza, a solução estrela ganha."
A resposta para o mistério está em aprender a distância para o duo circulando. Um par de massa mais baixa perto da Terra irá produzir o mesmo tipo de brilho evento como um par mais maciço localizado mais longe. Mas uma vez que um evento de brilho é longo, é muito difícil de tomar medidas adicionais do sistema de lentes e determinar a distância. A verdadeira identidade do candidato exolua e sua companheira, um sistema apelidado MOA-2011-BLG-262, permanecerá desconhecido.
No futuro, no entanto, pode ser possível obter essas medidas de distância, durante eventos de lentes. Por exemplo, Spitzer e Kepler telescópios espaciais da NASA, os quais giram em torno do sol em órbitas da Terra-à direita, está longe o suficiente da Terra para ser ótimas ferramentas para a técnica de parallax distância.
O princípio básico da paralaxe pode ser explicado, segurando o dedo para fora, fechando um olho após o outro, e vendo o seu salto dedo para trás e para frente. A estrela distante, quando visto a partir de dois telescópios espaçadas realmente distantes, também parecem se mover. Quando combinado com um evento de lentes, o efeito de paralaxe altera como um telescópio irá visualizar a ampliação resultante da luz das estrelas. Embora a técnica funciona melhor usando um telescópio na Terra e um no espaço, tais como Spitzer ou Kepler, dois telescópios terrestres em lados diferentes do nosso planeta, também pode ser utilizado. 
Fonte: Nasa 
#EinsteinJV

terça-feira, 8 de abril de 2014

Tempo está se esgotando para reduzir aquecimento global, diz estudo da ONU

Para 'segurar' temperatura, diz documento, as nações terão de impor drásticas restrições às emissões de gases do efeito estufa

As potências internacionais estão correndo contra o tempo para reduzir o uso de combustíveis fósseis altamente poluentes e ficar abaixo dos limites acertados para evitar o aquecimento global, aponta um estudo preliminar da Organização das Nações Unidas (ONU) a ser aprovado nesta semana.
Autoridades governamentais e cientistas especialistas no estudo do clima irão se reunir em Berlim entre os dias 7 a 12 deste mês para revisar o estudo de 29 páginas que também estima que a mudança para o uso de energia de baixo carbono poderia custar algo entre dois e seis por cento da produção mundial em 2050.
O documento afirma que as nações terão de impor drásticas restrições às emissões de gases do efeito estufa para manter a promessa acertada entre quase 200 países em 2010 para limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius acima da era pré-industrial.
As temperaturas já aumentaram cerca de 0,8 grau desde 1990 e devem atingir o teto dos 2 graus Celsius nas próximas décadas, caso as tendências atuais sejam mantidas, diz o relatório.
Tais aumentos na temperatura podem elevar os riscos para a produção de alimentos e obtenção de água, e podem provocar danos irreversíveis, como o derretimento de gelo na Groenlândia, diz o estudo da ONU.
O documento preliminar destaca maneiras de cortar emissões e estimular o uso de energia de baixo carbono.

Lua de Saturno pode conter lago oculto


Este pequeno mundo vinha intrigando astrônomos desde que jatos de um material gelado foram vistos esguichando no espaço a partir de uma região no polo sul de Enceladus. Agora, medições sofisticadas usando a sonda Cassini, da Nasa, em seu voo sobre a lua permitiram que pesquisadores detectassem o sinal gravitacional de água.
"As medidas que fizemos são consistentes com a existência de uma larga reserva de água mais ou menos do tamanho (em termos de volume) ao lago Superior (situado entre os Estados Unidos e o Canadá e considerado o maior lago de água fresca do mundo em volume)", afirma o professor Luciano Iess, que comanda a equipe de pesquisadores da Universidade Sapienza, de Roma.
As descobertas do cientista e de sua equipe deverão reforçar a visão de que a lua de 500 quilômetros de diâmetro seria um dos melhores lugares além da Terra para buscar a existência de vida microbial. Os dados coletados pela Cassini sugerem que o volume de líquido encontrado estaria situado 40 quilômetros debaixo da superfície da camada de gelo de Enceladus.
Oceano sub-glacial
A crença de que a lua de Saturno contaria com um oceano subglacial vem crescendo desde que a Cassini detectou a existência de uma atmosfera difusa na lua, em 2005.
Observações subsequentes associaram a fonte dessa atmosfera a jatos de vapor de água ricos em minerais sendo emanados da superfície da lua, apelidada de "listras de tigre", devido à sua aparência listrada, semelhante à de um grande felino.
A órbita de Enceladus em volta de Saturno é excêntrica, não circular. A gravidade do gigantesco planeta deveria, portanto, espremer e esticar a pequena lua, quando ela realiza essa trajetória, aquecendo pedaços de suas camadas de gelo e derretendo-os.
O professor Iess e seus colegas identificaram variações no campo gravitacional da lua. No polo sul do satélite, eles encontraram uma variação bem grande na distribuição de massa da lua, o que, segundo eles, poderia ser explicado pela presença de um elevado volume de água.
"O que vemos é consistente com a existência de um bolsão de água de 8 a 10 quilômetros de profundidade e esse bolsão pode se estender para latitudes de cerca de 50 graus ao sul do polo", explica Iess.
Geração de vida
Existem fortes indícios para se suspeitar da existência de oceanos subglaciais em uma série de luas no nosso sistema solar.
O maior satélite de Saturno, Titã, provavelmente conta com um desses. Assim como algumas das luas de Júpiter, como Europa, Ganimedes e Calisto. E talvez até mesmo a mais distante lua de Triton, que orbita em torno de Netuno.
De todas estas, Enceladus e Europa são as que despertam mais interesse porque é mais provável que sua água esteja em contato com rocha. Isso poderia resultar em reações químicas capazes de dar início à vida.
De acordo com o professor Andrew Coates, do Laboratório de Ciências Espaciais UCL-Mullard, da Grã-Bretanha, "Enceladus ocupa o topo da lista em termos de locais que poderiam abrigar vida".
"Ela conta com várias coisas que você precisa para ter vida. Existe certamente a presença de calor, há água líquida nesse oceano, há elementos orgânicos e reações químicas ocorrendo. A única questão é se houve tempo suficiente para a vida se desenvolver.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Chariklo: o centauro anelado


Júpiter, Saturno, Urano e Netuno têm um charme em comum: eles são circundados por vistosos anéis. Até esta semana, cientistas acreditavam que, em nosso sistema solar, essa fascinante característica era exclusividade desses quatro planetas.
Descoberta liderada por astrônomos brasileiros, porém, revela uma nova história. Pela primeira vez, foobservado que no Sistema Solar existe outro corpo celeste a ostentar uma estrutura anelada em torno de si. É Chariklo – pequeno objeto da classe dos chamadocentauros. Ele assemelha-se a um asteroide e orbita o Sol entre Saturno e Urano.

“Estudar esse centaur
o é como estudar uma moeda de 1 real a 200 km de distância”, compara o astrônomo Felipe Braga-Ribas, pesquisador do Observatório Nacional (RJ) e principal autor do estudo que revelou a existência de dois anéis em torno do objeto. trabalho foi publicado esta semana na Nature.Chariklo fica a 16 unidades astronômicas de nós (1 unidade astronômica, que, por definição, é a distância entre a Terra e o Sol, corresponde a 149.597.871 km). Suas dimensões são modestas: ele tem 250 km de diâmetro.
A descoberta, na verdade, foi fruto do acaso. Desde 2007, a equipe com a qual Braga-Ribas trabalha dedica-se ao estudo dos chamadoobjetos transnetunianos (que, comoo próprio conceito sugere, estão para além da órbita de Netuno) e dos centauros. “Ainda pouco se sabe a respeito deles”, diz o astrônomo. E os esfoos de sua equipe ambicionam exatamente ampliar o conhecimento acerca desses misteriosos corpos que viajam no cosmos.
Eis que em um dos estudos, quando planejavam estudar Chariklo durante um fenômeno conhecido como ocultação estelar – momento em que, como em um eclipse,o objeto passa entre uma estrela de referência e o observador –, os pesquisadores notaram que os padrões de luminosidade emitidos pelo centauro sugeriam a existência de dois anéis circundantes ao corpo.

Majestosos anéis

Estruturas cósmicas aneladas fascinam astrônomos e entusiastas há muitos séculos. Hoje, sabe-se que os anéis dos corpos celestes são geralmente aglomerados de poeira e detritos. Essas partículas, muitas vezes oriundas da superfície desses corpos, são expelidas para o espaço devido à própria rotação do objeto. Ao mesmo tempo, a atração gravitacional não as deixa escapar para longe demais. É assim que se formamos famosos anéis.

E quant
o aos anéis de Chariklo? “Assim como os de Saturno, eles são muitobrilhantes”, diz Braga-Ribas. Por esse motivo, os pesquisadores acreditam que eles também sejam formados por quantidades significativas de partículas de gelo. Em tempo: os dois anéis já foram devidamente apelidados. Chamam-se Oiapoque e Chuí.O
s mais conhecidos, sem dúvida, são os anéis de Saturno. “São majestosos”, comenta Braga-Ribas. Extremamente brilhantes, eles são bastante densos e têm, entre muitasoutras coisas, partículas de gelo em sua composição. Já os anéis de Júpiter e Netunoo mais escuros, assim como os de Urano, formados provavelmente por poeira, silicato e gelos.