Animal e vegetal
Bom, de acordo com a equipe de Technau, isso sugere que esse princípio de regulação gênica já existe há mais de 600 milhões de anos e remonta ao ancestral comum de humanos, moscas e anêmonas do mar, o que faz com que essas anêmonas, como a mostrada na imagem, sejam “meio animais”. Mas, por outro lado, ao analisar a expressão gênica de seus microRNAs, as anêmonas se mostram muito mais semelhantes às plantas. Ou seja: geneticamente falando, este bicho é meio animal, meio vegetal. Em outras palavras, o que os estudos da equipe de Technau descobriram foi um conjunto de evidências que sugerem a primeira ligação evolutiva entre microRNAs de plantas e animais.
Simples por fora, complexo por dentro
Nas últimas décadas, o sequenciamento dos genomas de animais e humanos mostrou que os organismos anatomicamente simples, como as anêmonas do mar, têm um repertório genético surpreendentemente complexo, e que pode ser comparado com modelos superiores de organismos. Isso implica no fato de que a diferença em termos de complexidade morfológica não pode ser facilmente explicada pela presença ou ausência de genes individuais.
Tanto que alguns pesquisadores acreditam na hipótese de que não é o código genético em si que determina a complexidade de um corpo, mas sim a forma como os genes estão conectados uns com os outros. Assim, é de se esperar que, apesar de terem genes muito parecidos, a conexão entre eles forme uma rede muito menos complexa em organismos simples do que em humanos ou animais ditos “superiores”.
Fonte:HypeScience
#EinsteinJV
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